Sunday, June 26, 2005

O crime que a ficção desvendou

Em 28 de julho de 1841 um cadáver foi encontrado no Rio Hudson, New Jersey, costa oeste dos Estados Unidos. Tratava-se de Mary Cecília Rogers, uma jovem de 20 anos que trabalhava em uma tabacaria de Nova Iorque e que estava desaparecida há três dias. As evidências indicavam que a mulher havia sido espancada, violentada e morta, possivelmente por duas ou três pessoas.

A violência do crime, o estado em que se encontrava o corpo, quase irreconhecível, o fato de tratar-se da “moça bonita da tabacaria” e, claro, o mistério que envolvia a história, fizeram com que o caso fosse explorado à exaustão pela imprensa. Acrescente-se a este fato um outro, também lamentável: o suicídio do noivo, que se sentia incapaz de conviver com o que Mary havia supostamente sofrido.

O que torna este crime peculiar é o fato de ter sido solucionado pela ficção, em conto do escritor americano Edgar Allan Poe (1809-1849).

Poe acompanhou o que foi publicado sobre o assunto e escreveu o conto intitulado “O mistério de Marie Rogêt”, em que argumenta em favor de uma hipótese bastante distinta da linha de investigação da polícia. Em seguida, entregou o conto ao delegado, pedindo que investigasse sua hipótese.

Para Allan Poe, não houve estrangulamento, não houve espancamento, não houve estupro, não houve assassinato, não havia envolvimento de uma quadrilha na história. Houve crime? Sim.

Enfim, o que teria acontecido a Mary Cecília Rogers?

Leia o conto. :-))

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